
As origens dos Povos Ciganos são, ainda
hoje, objeto de estudo. Porém, a teoria mais aceita atualmente afirma
que os Povos Ciganos são originários da Índia e que há cerca de mil anos
começaram a se dispersar pelo mundo.
No Brasil, o primeiro registro oficial da chegada de ciganos data de 1574: um decreto do governo
português que deportava o cigano João Torres e sua esposa Angelina para
terras brasileiras por cinco anos. Há presença de pelo menos três
etnias ciganas no Brasil: Calon, Rom e Sinti. Cada uma dessas etnias tem
línguas, culturas e costumes próprios.
Os Rom brasileiros pertencem principalmente aos subgrupos Kalderash, Machwaia e Rudari, originários da Romênia; aos Horahané, oriundos da Turquia e da Grécia, e aos Lovara. A eles se juntam os Calon, com grande expressão em todo o território nacional, oriundos da Espanha e Portugal. Os Sinti chegaram em nosso país principalmente após a Primeira e Segunda Guerra Mundial, vindos da Alemanha e da França.
Os Rom brasileiros pertencem principalmente aos subgrupos Kalderash, Machwaia e Rudari, originários da Romênia; aos Horahané, oriundos da Turquia e da Grécia, e aos Lovara. A eles se juntam os Calon, com grande expressão em todo o território nacional, oriundos da Espanha e Portugal. Os Sinti chegaram em nosso país principalmente após a Primeira e Segunda Guerra Mundial, vindos da Alemanha e da França.
Os
dados oficiais sobre os Povos Ciganos ainda são muito incipientes. A
Associação Internacional Maylê Sara Kali – AMSK analisou os dados da
Pesquisa de Informações Básicas Municipais (MUNIC) de 2011, recolhidas
pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, e constatou
que foram identificados 291 municípios que abrigavam acampamentos
ciganos, localizados em 21 estados.

Aqueles com maior concentração de acampamentos ciganos são Minas Gerais (58), Bahia (53) e Goiás (38). Os municípios com
20 a 50 mil habitantes apresentam a mais alta concentração de
acampamentos. Desse universo de 291 municípios, 40 prefeituras afirmaram
que desenvolviam políticas públicas para os Povos Ciganos, o que
corresponde a 13,7% das que declararam ter acampamentos. Em relação à
população cigana total, estima-se que há em torno de meio milhão de
ciganos no Brasil.
A Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Social – SEPPIR, por meio da Secretaria de Políticas para Comunidades Tradicionais – SECOMT, tem intensificado o diálogo com parceiros do Governo
Federal para atendimento de políticas públicas específicas que garantam
os direitos humanos, sociais e culturais dos Povos Ciganos.
Os últimos dez anos registram importantes avanços, tanto na legislação que trata desses segmentos, como
no seu acesso a programas sociais e serviços públicos. Esse resultado
foi traduzido na publicação Brasil Cigano – Guia de Políticas Públicas
para Povos Ciganos, e no crescente fortalecimento político desse povo
tradicional, através da presença ativa de seus (suas) representantes no
debate sobre políticas públicas.
Texto: Seppir
Imagens: Internet
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